- junho 12, 2024
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Peeling de fenol: saiba o que é e como deve ser utilizado
Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) reconhece que o peeling de fenol é um procedimento estético que exige cautela, considerando sua natureza invasiva e agressiva
Cris Miranda
A procura por procedimentos estéticos de rejuvenescimento tem levado milhares de pessoas, muitas vezes, a recorrerem a profissionais não capacitados. Na última semana, o Brasil se deparou com um acontecimento que despertou o debate: a morte de um jovem de 27 anos, após a realização do procedimento de peeling de fenol.
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De acordo com dados divulgados pela Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS), divulgado em 2023, o Brasil é o segundo país que mais realizou procedimentos estéticos e reparadores no mundo, 8,9% do total de casos, perdendo apenas para os Estados Unidos (24,1% do total).
Ainda segundo a entidade de cirurgia plástica, entre 2016 e 2020 houve um crescimento de 24,1% no uso de procedimentos não cirúrgicos injetáveis no país. Só em 2020 foram mais de 600 mil procedimentos desse tipo em todo o país.
Peeling de fenol
Mas o que é o peeling de fenol? Esse procedimento é indicado para tratar envelhecimento facial severo, caracterizado por rugas profundas e textura da pele consideravelmente comprometida, segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). A técnica, executada de forma correta e seguindo as orientações, traz resultados na produção de colágeno e redução significativa de rugas e manchas, conforme comunicado divulgado pela entidade.
A sociedade médica considera o procedimento invasivo e agressivo, por isso a realização em toda a face demanda extrema cautela. “É importante ressaltar que o procedimento apresenta riscos e tempo de recuperação prolongado, exigindo afastamento das atividades habituais por um período estendido”, informa.
Em suas publicações nas redes sociais o dermatologista Lucas Miranda, que é referência em peeling de fenol em Minas Gerais, tem alertado as pessoas para a importância do procedimento ser realizado por profissionais. Em um de seus vídeos com mais de 2 milhões de visualizações, o médico afirma que “não foi o peeling de fenol que matou o jovem em SP”.
“O primeiro motivo, muito claro para mim, foi em relação à estrutura do local. É uma clínica de estética sem uma estrutura de bloco cirúrgico, sem o monitoramento do paciente, então é uma clínica não apropriada para realizar esse tipo de procedimento. O fenol demanda um certos tipos de cuidados e a gente sabe que para realizar esse procedimento precisa ter estrutura. O segundo ponto, que é muito importante, é em relação ao profissional responsável pela execução do procedimento. A profissional em questão não é médica, portanto, não é habilitada a executar um procedimento de tamanha complexidade”.
@drlucasmirandadermato Respondendo a @remfreitass Não foi o Peeling de Fenol que matou o jovem de 27 anos, esta semana, em São Paulo! Vamos analisar, neste vídeo, os pontos que levaram ao falecimento evitável de Henrique Chagas. #fy #fyp #foryou #foryoupage #peelingdefenol #fenol
Em comunicado em seu site, após o ocorrido com o jovem que veio a óbito após o peeling de fenol, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) reconhece que procedimento estético em toda a face “demanda extrema cautela, considerando sua natureza invasiva e agressiva”.
“Devido ao uso de um composto tóxico absorvido pela pele e, consequentemente, pela corrente sanguínea, o procedimento exige precauções rigorosas. É possível que ocorram complicações, como dor intensa, cicatrizes, alterações na coloração da pele, infecções e até mesmo problemas cardíacos imprevisíveis, independentemente da concentração, do método de aplicação e da profundidade atingida na pele. Contudo, quando criteriosamente indicado e executado, os resultados obtidos são incomparáveis a outros métodos esfoliativos, proporcionando uma renovação intensa da pele, estimulando a produção de colágeno e reduzindo significativamente rugas e manchas”, diz o comunicado.
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